O Hype do momento é conhecer o Pará, seja pela sua cultura, suas praias de água doce, sua gastronomia (pato no tucupi, maniçoba, tacacá e suas frutas amazônicas) e sua música que contagia sempre lembrada por Joelma, Zaynaraa e Pabllo Vittar
Hoje vamos bater um papo com Leandro Daher, criador e proprietário da AMZ Tropical.
Leandro, em que momento você pensou em desenvolver um gin com Jambu? E qual foi a expectativa inicial?
Bom, foi um pouco antes da pandemia. Meu projeto inicial era fazer cachaça. Cheguei a plantar cana junto com meu sogro na fazenda dele, mas na época da colheita da cana praticamente coincidiu com a pandemia do covid-19. As coisas estavam estranhas e meu sogro achou melhor segurar o projeto. Eu já estava estudando sobre destilação e já estava começando a fazer alguns testes de destilados, foi quando me passou a ideia de fazer um gin de jambu, já que a cachaça era algo consolidado e muito bem quisto. O gin só poderia ser um sucesso. Nossa expectativa inicial era lançar algo Premium, com uma embalagem que lembrasse de cara o Brasil e transbordasse toda a Amazônia e a Brasilidade que só nós temos. Pensava desde o início em um produto focado para exportação.
Jambu está muito presente na culinária Paraense, AMZ tropical gin é utilizado em harmonização de pratos típicos do Pará?
Sim, já fizemos parcerias com alguns chefes de cozinhas locais. É algo que combina muito com peixes e carnes. Recentemente, fizemos uma parceria com uma indústria de picolé que lançou dois sabores de picolés alcoólicos com o Gin de Jambu da AMZ, no sabor Limão e Tapereba (também conhecido como Cajá) já disponível nas Blaus de Belém e na sua filial de São Paulo no mercado Novo de Santo Amaro.
O Pará nunca esteve tão em alta, seja pela sua cultura, culinária e matéria prima. A AMZ é um gin que se destaca entre os demais pela sua diversidade do Norte. Qual o ponto positivo e negativo de ter um gin tão específico?
Em 2025 o Pará ira receber a COP 30. E com isso nunca se falou tanto em Amazônia e no Pará. A AMZ Tropical nasceu para levar os sabores amazônicos para o mundo dentro das nossas garrafas. Estamos nos preparando muito para isso. Temos a maior sociobiodiversidade do planeta e assim é muito pouco explorada pelos amazonidas. Estamos desenvolvendo isso, o ponto mais negativo é a logistica, por isso acabamos abrindo uma filial em São Paulo para agilizar, facilitar e vencer esse obstaculo.
A AMZ está em várias feiras pelo mundo, como foi a recepção e o feedback dos clientes pela Europa e USA?
Nós encerramos em Junho a participação da Feira em Nova York Summer Fancy Food. E tanto na europa como na America a recepção é fantastica. Eles dão muito valor nos produtos da floresta e que de alguma forma ajudam a manter floresta em pé. Em Janeiro deste ano ganhamos uma premiação no concurso The World Gin Awards em Londres, fomos os únicos a ser premiados nessa categoria no Brasil e fomos convidados a participar da Feira Gin Live. Acredito que foi um verdadeiro marco para o nosso produto, a aceitação foi extraordinária. Não somos um london dry gin, estavamos muito receosos com o que os britânicos poderiam achar do nosso produto, mas foi um sucesso total. Entregamos uma experiência única, misturando os ingredientes da floresta com os de um gin tradicional, assim conseguimos agradar paladares muitos exigentes.
Existe um novo gin em seu portfólio, qual o principal destaque?
Como lhe falei nosso objetivo sempre será dar ênfase para os sabores Amazônicos, nosso mais novo gin é um Gin Tradicional, um Gin neutro Amazônico. Utilizamos como ingredientes da Amazônia a Castanha do Pará ou Castanha do Brasil (nuts of Brazil), ela tem um papel muito importante de aveludar a bebida (deixar o gin mais suave é o que quero dizer). Lançamos esse mês de Junho em Belém inicialmente como modelo de teste e esta sendo um verdadeiro sucesso.
Quais as expectativas de mercado e novos projetos, portfólios para AMZ?
Temos a expectativa de lançar ainda esse ano alguns produtos, uma bebida pronta, uma nova roupagem para o AMZ Jambu comemorativa acredito e um novo sabor amazônico de Gin.
AMZ Tropical tem sido um sucesso por onde passa. Tem alguma região do Brasil que ainda não tem AMZ?
Crescer no Brasil necessita de uma ginástica imensa, devido a diversos fatores, seja dificuldade fiscal, logística e até de parceiros que acreditem na nossa marca. Hoje conseguimos atender todo o Brasil, alguns lugares já com distribuidores e outros ainda diretamente. Para o consumidor final temos uma parceria muito boa com o Mercado Livre que acaba conseguindo entregar com um prazo muito eficiente.
Conte-me alguma novidade ou curiosidade da marca:
A maior novidade é que estamos prestes a inaugurar a nossa primeria loja própria em Belém. O modelo dando certo, a ideia é de expandir para outros mercados. Queremos oferecer uma verdadeira experiência amazônica em nossa loja, onde o consumidor irá ter acesso a vários produtos amazônicos além dos da AMZ Tropical.