“O Casa do Saulo apresenta uma culinária típica do Norte do país que a maioria dos cariocas desconhecem”
A COP 30 bate à porta e os olhos do mundo já se voltam para a cidade de Belém, no Pará. O planeta terá o privilégio de conhecer um pouquinho da gastronomia paraense e amazônica. E nós, cariocas, temos a oportunidade de ter esta mesma experiência que os estrangeiros terão durante a conferência internacional sem precisar pegar avião e às margens da Baía da Guanabara. Bem ali no Museu do Amanhã, lugar onde tradição e inovação se encontram, é que está localizado o conhecido restaurante Casa do Saulo, do chef e Embaixador Gastronômico da ONU Turismo no mundo, Saulo Jennings.
O chef tem uma história “firme” (bacana). Começou a cozinhar aos 15 anos, época em que também dava curso de Kitesurf nas praias do Tapajós. E, ao fim das aulas, cozinhava para os alunos. Além da filial carioca, ele comanda mais quatro outras casas, uma em São Paulo, Santarém e duas em Belém.
Recentemente, o Saulo esteve aqui no Rio para apresentar um menu que faz uma jornada pela região do Rio Tapajós e sua gama de sabores e ingredientes, vindos diretamente de pequenos produtores de famílias ribeirinhas para o restaurante, como castanhas, ervas, temperos e frutas típicas do Pará. A oferta de pratos destaca-se pelos preparos de peixe de água doce, como pirarucu, tambaqui, filhote e outras pescas de manejo sustentável.

No Casa do Saulo se encontram clássicos como o tacacá, maniçoba e pato no tucupi. Mas, também, criações preparadas com técnicas culinárias, como o carpaccio de pirarucu defumado (R$ 74,00) e a linguiça de pirarucu com jambu (R$ 64,90). Uma boa opção para começar a explorar os sabores do Norte é o Trio Tapajônico (R$ 62,90), que vem com dadinho de tapioca com geleia de cupuaçu apimentada, bolinho de piracuí acompanhado de maionese de pirarucu defumado e isca de peixe com geleia de açaí.

Vale destacar um prato para compartilhar que simboliza bem todo o clima da casa e teletransporta o comensal para as praias de Alter do Chão. Trata-se de uma Piracaia (R$ 189), inteira assada e servida com banana-da-terra, arroz de chicória, vinagrete de feijão de Santarém e farofa de também banana-da-terra.

Há também pratos individuais e uma ótima pedida é o Arroz de pato paraense (R$ 94,90), um arroz caldoso de pato com tucupi e finalizado com crispy de jambu.

A parte das sobremesas não ficam por menos. O Da Selva (R$ 36,90), um creme de cupuaçu e creme de chocolate da Amazônia, com farofa de biscoito de castanha do Pará; e o Tiramisú de Bacuri (R$ 36,90), feito com creme de queijo com bacuri e biscoito umedecido no café e finalizado com chocolate em pó; são duas opções que valem provar.
A carta de drinques traz os sabores vibrantes do Norte. Como o Taperebá Mule (R$ 44,90), com vodca, gengibre e espuma da fruta; o Banho de Cheiro (R$ 36,90), com vodca, limão, manjericão, espuma de jambu e perfume de patchouli; e o Energizado (R$ 37,90), que leva vodka, licor de maracujá, manjericão, tangerina, guaraná e energético.
É-gu-a! Se fores, vá brocado. (Uau! Se você for, vá com fome.)